Olá professor(a)!
Que tal interagir com os conteúdos das exposições do Museu por meio das telinhas? Deixe que o Museu venha até você! Aqui você vai encontrar maneiras alternativas de entrar em contato ativamente com as obras de artistas das exposições do Museu. Acreditamos que a aprendizagem pode ser divertida e eficiente, proporcionando investigações e curiosidades de uma maneira prazerosa.
A seguir selecionamos atividades educativas para a exposição A Substância da Terra: o Sertão, que você pode utilizar com suas turmas.
Visite a mostra virtualmente aqui
Conte com a gente!
Atividades Lúdicas
A ideia da Trilha do Click é conhecer várias obras de arte por meio de cliques, além das obras presentes na exposição. Ao longo do percurso, o visitante fará algumas escolhas que o levarão para diferentes trilhas dentro do jogo, com a opção de voltar e conhecer mais de um caminho se quiser. Assim, cada pessoa que joga pode conhecer artistas e conteúdos diferentes dependendo das escolhas feitas e dos caminhos percorridos.
Saiba mais sobre a Trilha do Click
Indicação: Ensino Fundamental
Esta atividade propõe uma descoberta da exposição a partir de enigmas poéticos. São 6 pistas em forma de poemas que vão inspirar a apreciação das obras expostas.
Indicação: Ensino Fundamental
Esta atividade propõe um desdobramento criativo a partir da relação com algumas obras expostas na exposição. A ideia é estimular a criação de desenhos a partir da observação e da imaginação.
PARA SENSIBILIZAR E CONTEXTUALIZAR!
SEPARAMOS ALGUNS TEXTOS SOBRE A EXPOSIÇÃO PRODUZIDOS PELA EQUIPE DO PROGRAMA EDUCATIVO PARA VOCÊ USAR ANTES OU DEPOIS DA ATIVIDADE COM SEUS ESTUDANTES.
O SERTÃO…
Quem não há de se encantar com a formosura do Sertão? Tantas riquezas naturais, cultura popular, conhecimentos ancestrais e diversidade. Foi o que pensou Simon Watson, curador da bela exposição, durante suas jornadas pelo Vale do Jequitinhonha, buscando desvendar os mistérios do interior do Brasil e também conhecer melhor a obra do artista Leandro Junior, natural de Minas Gerais.
A exposição A Substância da Terra: O Sertão cria um elo entre as obras de quatro artistas resgatando uma visualidade bem brasileira e que investiga temáticas muito pertinentes à nossa realidade como povo diverso e miscigenado que pertence a esse território com uma natureza tão rica.
O trabalho de Bené Fonteles pode funcionar como um fio condutor que conecta todas as obras entre si. A narrativa das obras de Bené segue por vários caminhos como a relação entre a arte e a espiritualidade, a política e o poético, a arte e as questões ambientais, o tempo e a memória, a apropriação de objetos. A obra de Lidia Lisboa se aproxima de algumas dessas narrativas: na exposição a artista traz a obra Vila das Oyás, que tem uma relação com espiritualidade e memórias de infância da artista. Arte e vida não se separam e memória e vivência são fundamentais no processo de criação desses artistas. Assim também nos trabalhos de Leandro Junior e João Trevisan, dois jovens artistas que começaram a expor em galerias há pouco tempo e estão crescendo muito com seus trabalhos artísticos.
A arte tem o potencial incrível de tocar o coração das pessoas. Venha se conectar com a obra desses artistas incríveis e descobrir como o sertão toca o seu coração. Depois não esquece de contar pra gente como foi aqui nos comentários :)
DICA: E que tal um Hermeto Pascoal para sentir um pouco da tônica do Sertão? Acesse em: spoti.fi/2IMScSS
Lídia Lisboa na exposição “A Substância da Terra: O Sertão”
A artista Lidia Lisboa, em sua obra “Vila das Oyás”, resgata memórias de sua infância conectadas à sua relação com a mitologia afro-brasileira. “Vila das Oyás” é uma instalação composta por peças de barro que se assemelham ao formato de cupinzeiros. O cupinzeiro é um objeto que habita o imaginário da artista desde sua infância. Feito a partir de terra e saliva dos cupins, ele se transforma em um material altamente resistente.
A obra homenageia as mulheres negras, mães de família, que protegem seus lares em fortalezas que não são visíveis aos olhos, porém são indestrutíveis como os cupinzeiros. Além disso, a partir dessa obra pode-se explorar o mito de Oyá (também chamada de Yansã). A lenda diz que ela se transformava em búfalo e quando voltava à forma feminina escondia seus chifres e sua pele em um cupinzeiro. Lidia é uma mulher negra, guerreira como Yansã, artista que usa seu trabalho para exaltar e cultivar o patrimônio imaterial constituído pelas suas vivências repletas de tradições afro-brasileiras e cultura popular.
Outra exposição interessante para adentrar na temática dos Orixás é a mostra de Josafá Neves. O artista traz a simbologia de cada Orixá em um conjunto de máscaras, também trabalhadas em cerâmica. Um dos orixás retratados na mostra é Yansã, cujo semblante é acompanhado por um poema de Cristiane Sobral. A temática e o material utilizado para a confecção das obras são características que aproximam o trabalho de Lídia e Josafá. Você consegue observar mais relações entre as obras desses dois artistas?
Bené Fonteles na Exposição “A Substância da terra: O Sertão”
O que dizer de Bené Fonteles? Um artista com uma obra tão extensa e tão rica em camadas de significados e impactos sociais. Sua obra passeia por poéticas que permeiam a vida, a arte, a política, a espiritualidade, a natureza, o ativismo social, o desenvolvimento sustentável. Na linguagem do artista todas essas questões se conectam e se interligam de maneira a contribuir no enriquecimento de nossa visão de mundo.
Na exposição “A Substância da terra: O Sertão”, em cartaz no mezanino do Museu Nacional, o curador Simon Watson traz três obras de Bené Fonteles. A obra “Umbigo do Mundo” é composta por um coral marinho, um objeto indígena e terra com coloração bem avermelhada, que como curiosidade é terra pertencente ao solo vermelho característico do cerrado de Brasília. As obras “Sudário Morte e Ressurreição” e “Torre dois: Oxóssi-Xango” trazem um pouco da relação de Bené com a espiritualidade, sendo essa última, uma escultura recente do artista, datada de 2020.
DICA: Como recomendação fica um vídeo incrível do multiartista Bené Fonteles, produzido pelo Instituto Moreira Salles durante a quarentena, no qual podemos criar relações entre poética e política a partir de uma linda performance:
www.youtube.com/watch?v=LbE_mV_Rpi8&t=12s
Outros links interessantes e que fazem relações com a exposição e com o currículo em movimento
Obras que se relacionam:
- Grande Sertão Veredas de Guimarães Rosa
- Poesias de Cora Coralina